Na verdade o que mais me intriga é saber como a vida é composta de fases. Especificamente eu, absolutamente extremista, jamais poderia reclamar que ficou faltando algo. Sou da época em que bala “Halls” era 0.50, tinha aquele charme de beijar na boca pra sentir o beijo gelado. A coisa mais errada que fazia nas circunstâncias era mentir que ia pra escola, juntar a galera pra tomar banho no rio. (Me sentia cometendo o maior pecado do mundo)
Na minha época a coisa mais evoluída era trocar mensagens pela internet, ter Orkut era ser atualizado, até então só podia postar 12 fotos... Quem lembra? Era uma forma de PODER: atualizar fotos em rocks, ou só para mostrar que tinha trocado a borrachinha do aparelho, ir ao show do Zezé di Carmago era só pra gente adulta, ser chic era ter muitas fotos bebendo todas. A música do momento era “senta no cavalo só pra levantar o rabo” essa devem se lembrar.
Como as coisas mudam... Já me enganei ao sentir importante por está ao lado de quem (julgava) importante, já contei piada pra ser enxergado, pois ao contrário ninguém me notaria, já fingi ser inteligente, sendo que na verdade estava em um nível de conversas onde estava entendendo absolutamente nada do assunto, já me doei demais por achar que deveria ser eternamente grato por as pessoas gostaram de mim, já fui saco de pancadas, psicólogo, conselheiro amoroso, esponjinha de problemas e mais certas situações que nem merecem ser lembradas, sendo que só EU sei o quanto aprendi com tudo.
Hoje é que fica é meu orgulho próprio, a certeza que não sou melhor que ninguém, muito menos pior. Tenho como meta a minha vida, profissão e reconhecimento, optei em ser “platéia” onde me considerava “palco”, perdi o que julgava essencial, aprendi a me virar sozinho, Deus comigo o céu é meu limite!
A todos... O meu cordial abraço!
Lucas Fonseca
